“O importante não é ser algo e sim aparentar ser. É lindo ver a pseudo-felicidade estampada em sorrisos pasmos. Esplendida a cultura repreensiva implantada há séculos, no mínimo romântico ver como tentamos de todas as maneiras esconder os sentimentos “impuros” para a ‘massividade’. Manter-se alienado intelectualmente é praticamente um pré-requisito para ser normal. Afinal, como poderemos ser manipulados se formos minimamente pensadores? Como poderemos transmitir de geração a geração a importância de não ser o que se é, e sim aquilo que seja aceitável aos olhos de seres desconhecidos? Seria um tanto cruel se cuidássemos de nossas feridas, é mais legal cuidarmos das alheias. Se descobríssemos que céu e inferno não passam de mais uma das invenções humanas, teríamos uma vida vazia. Se aprendêssemos respeitar os demais, chegaríamos a considerar inútil o viver.
Dá náuseas de alegria ver todo esse amor ‘holywoodiano’ dito aos quatro cantos, ver o não cumprimento dele é um tanto emocionante. É milagroso apontar a ‘escuridão’ nas pessoas, pois apesar de estarmos completamente cobertos por uma pior, ainda conseguimos ver e apontar de outrem.”
E ele prosseguiu apontando as ridicularidades dos seres impuros:
“É inadmissível aceitar o diferente, assim acabaria o preconceito e o mundo não seria mundo. É quase um crime se pararmos para refletir a respeito de nossas vidas mesquinhas. Tentar mudá-la poderia nos levar a pena de morte. Nos amar verdadeiramente seria contra todos princípios, amar o próximo esta fora de cogitação. Ou seja, não ser humano é toda a lei.”
Fiquei um tanto intrigado com tais pensamentos, como sou irracional, continuo sem entende-los.
Cuiabá-MT, 01 de dezembro de 2009.
Mr Kássio G’sS’
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